Nelson Rodrigues: o fracasso do moderno no Brasil
Nelson Rodrigues: o fracasso do moderno no Brasil
- EditoraALAMEDA
- Modelo: 9V91583
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R$ 54,40
R$ 64,00
Através da obra teatral de Nelson Rodrigues, este livro analisa as tensões em torno da existência do moderno no Brasil da primeira metade do século XX.
Trata-se de uma escrita da história na qual a dimensão cultural transpira e revela o político, deslocando-o de sua efemeridade temporal para a longa duração e realizando, assim, uma articulação entre temporalidades. Para além dos fatos cotidianos, que informa o caminhar cronológico da história, o autor trabalha com fenômenos de mentalidade, situados no âmbito do cultural, para indicar o desenrolar dos tempos. A chave para essa leitura é a relação entre o publico e o privado. O resultado é uma tentativa ousada de utilizar o referencial conceitual que distingue a espera pública da privada para observar um momento da história da República brasileira na qual a estrutura social que vai se constituir em matéria-prima da sociedade de massas no país: a baixa classe média, alvo preferido da reflexão rodrigueana nos textos analisados pelo autor.
O dramaturgo questiona a existência do moderno no Brasil por meio do teatro. Desmancha, no domínio do privado, as certezas dos discursos ideológicos, próprio da esfera do público. Se o estado é o agente modernizador do país a partir de 1930, a moral privada não se submete a esse ideal; ao contrário, transgride-o escandalosamente. Por outro lado, se a família é o alicerce da nação, a ela integrada num conluio para a legitimação do poder vigente, ela é, ao mesmo tempo, o lugar da desagregação dos laços do convívio humano.
Nelson Rodrigues expõe a realidade do país através de detalhes perversos da vida cotidiana. Alexandre Pianelli Godoy colhe esse detalhe e enxerga ali temporalidade, ou seja, história se fazendo. O entrelaçamento entre história vivida e teatro na produção do discurso historiográfico é exemplar, o que faz do trabalho apresentado uma análise importante de um momento da história republicana brasileira e um modelo instigante de escrita da história.
Trata-se de uma escrita da história na qual a dimensão cultural transpira e revela o político, deslocando-o de sua efemeridade temporal para a longa duração e realizando, assim, uma articulação entre temporalidades. Para além dos fatos cotidianos, que informa o caminhar cronológico da história, o autor trabalha com fenômenos de mentalidade, situados no âmbito do cultural, para indicar o desenrolar dos tempos. A chave para essa leitura é a relação entre o publico e o privado. O resultado é uma tentativa ousada de utilizar o referencial conceitual que distingue a espera pública da privada para observar um momento da história da República brasileira na qual a estrutura social que vai se constituir em matéria-prima da sociedade de massas no país: a baixa classe média, alvo preferido da reflexão rodrigueana nos textos analisados pelo autor.
O dramaturgo questiona a existência do moderno no Brasil por meio do teatro. Desmancha, no domínio do privado, as certezas dos discursos ideológicos, próprio da esfera do público. Se o estado é o agente modernizador do país a partir de 1930, a moral privada não se submete a esse ideal; ao contrário, transgride-o escandalosamente. Por outro lado, se a família é o alicerce da nação, a ela integrada num conluio para a legitimação do poder vigente, ela é, ao mesmo tempo, o lugar da desagregação dos laços do convívio humano.
Nelson Rodrigues expõe a realidade do país através de detalhes perversos da vida cotidiana. Alexandre Pianelli Godoy colhe esse detalhe e enxerga ali temporalidade, ou seja, história se fazendo. O entrelaçamento entre história vivida e teatro na produção do discurso historiográfico é exemplar, o que faz do trabalho apresentado uma análise importante de um momento da história republicana brasileira e um modelo instigante de escrita da história.
Características | |
Autor | ALEXANDRE PIANELLI GODOY |
Biografia | Através da obra teatral de Nelson Rodrigues, este livro analisa as tensões em torno da existência do moderno no Brasil da primeira metade do século XX. Trata-se de uma escrita da história na qual a dimensão cultural transpira e revela o político, deslocando-o de sua efemeridade temporal para a longa duração e realizando, assim, uma articulação entre temporalidades. Para além dos fatos cotidianos, que informa o caminhar cronológico da história, o autor trabalha com fenômenos de mentalidade, situados no âmbito do cultural, para indicar o desenrolar dos tempos. A chave para essa leitura é a relação entre o publico e o privado. O resultado é uma tentativa ousada de utilizar o referencial conceitual que distingue a espera pública da privada para observar um momento da história da República brasileira na qual a estrutura social que vai se constituir em matéria-prima da sociedade de massas no país: a baixa classe média, alvo preferido da reflexão rodrigueana nos textos analisados pelo autor. O dramaturgo questiona a existência do moderno no Brasil por meio do teatro. Desmancha, no domínio do privado, as certezas dos discursos ideológicos, próprio da esfera do público. Se o estado é o agente modernizador do país a partir de 1930, a moral privada não se submete a esse ideal; ao contrário, transgride-o escandalosamente. Por outro lado, se a família é o alicerce da nação, a ela integrada num conluio para a legitimação do poder vigente, ela é, ao mesmo tempo, o lugar da desagregação dos laços do convívio humano. Nelson Rodrigues expõe a realidade do país através de detalhes perversos da vida cotidiana. Alexandre Pianelli Godoy colhe esse detalhe e enxerga ali temporalidade, ou seja, história se fazendo. O entrelaçamento entre história vivida e teatro na produção do discurso historiográfico é exemplar, o que faz do trabalho apresentado uma análise importante de um momento da história republicana brasileira e um modelo instigante de escrita da história. |
Comprimento | 23 |
Edição | 1 |
Editora | ALAMEDA |
ISBN | 9788579391583 |
Largura | 16 |
Páginas | 372 |